História em quadrinhos sobre o Folclore Brasileiro!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Como capturar um Saci e porque ele vive na garrafa

O s Sacis pertencem originalmente ao Reino mágico do elemento Terra.  Esse reino é habitado por diversos grupos de graus diferentes de inteligência, sendo os mais conhecidos: os gnomos, duendes, gênios e algumas outras classes de seres mágicos.  Para os habitantes desse reino se manifestar no nosso mundo físico, eles precisam assumir formas semelhantes as dos humanos, os Sacis particularmente adotam a forma mais popular de um negrinho de uma perna só.

Os espíritos da terra são os mais próximos do homem e gostam de servi-lo, quando reconhecem sua superioridade moral e espiritual. Uma vez que reconhecem a pureza do coração humano podem ensinar muitas coisas ao seu feliz proprietário.

O major Benedito de Souza Pinto nos diz brevemente como apanhar um Saci do tipo Pererê

“Para se apanhar o pererê, atira-se um rosário sobre o corrupio de vento.

Mas é o Tio Barnabé personagem do Sitio do Pica-Pau Amarelo de Monteiro Lobato, quem nos dá a descrição mais detalhada do procedimento:

“Arranja-se uma peneira de cruzeta e fica-se esperando um dia de vento bem forte, em que haja rodamoinho de poeira e folhas secas. Chegada essa ocasião, vai-se com todo o cuidado para o rodamoinho e zás! – joga-se a peneira em cima. Em todos os rodamoinhos há saci dentro, porque fazer rodamoinhos é justamente a principal ocupação dos sacis neste mundo. Depois, se a peneira foi bem atirada e o saci ficou preso, é só dar um jeito de botar ele dentro de uma garrafa e arrolhar muito bem. Não esquecer de riscar uma cruzinha na rolha, porque o que prende o saci na garrafa não é a rolha e sim a cruzinha riscada nela.

O que o sábio Tio não nos diz, é que essa garrafa deve ser escura, de preferência de cerveja ou vinho, isso porque os elementais da terra procuram o conforto da escuridão do subterrâneo ao primeiro sinal de perigo. A rolha pode ser marcada com qualquer símbolo de proteção, ou restrição de poder, como a já mencionada cruz, o pentagrama, o selo de Salomão etc.

Entretanto, é bom lembrar que a pureza moral e espiritual é pré-requisito essencial para o sucesso. Os seres elementais em geral, tentam a principio controlar e manipular qualquer humano que entrem em contato. E os 
Sacis não são exceção, eles utilizaram dos mais diversos truques para dominar seus pretensos “mestres”.

Uma vez que se convence de que o humano que o capturou é mais inteligente e possui uma força de vontade superior a sua, o Saci então, o obedecerá fielmente, mais que isso, se tornará o melhor amigo de seu 
proprietário.
Bibliografia:

BARDON, Franz. O caminho para tornar-se um verdadeiro Adepto – pela Editora Hermann Bauer
LOBATO, Monteiro. O Saci – pela Editora Brasiliense
ARAÚJO, Alceu Maynard . Folclore nacional – pela Editora Melhoramentos

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Episódio I

"Sê alerta e ativo como os Silfos, mas evita frivolidade e capricho. Sê enérgico e forte como as Salamandras, mas evita irritabilidade e ferocidade. Sê flexível e atento às imagens como as Ondinas, mas evita ociosidade e inconstância. Sê laborioso e paciente como os Gnomos, mas evita grosseria e avareza. Deste modo desenvolverás gradualmente os poderes da tua Alma e te capacitarás a comandar os Espíritos e os elementos. Pois se usares os Gnomos para satisfazer tua avareza, não mais os estarás comandando, mas eles te comandarão. Serias capaz de abusar das puras criaturas dos bosques e montanhas para encher teus cofres e satisfazer tua fome por Ouro? Degradarias os Espíritos do Fogo Vivo para servirem à tua cólera e ódio? Violarias a pureza das Almas das águas para alcovitar tua devassa luxúria? Forçarias os Espíritos da Brisa da Tarde a atender tua tolice e capricho? Saiba que com tais desejos tu apenas atrairás o Fraco e não o Forte, e que neste caso o Fraco terá poder sobre ti". - Liber Librae.

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Episódio II : O Homem do Saco




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Esboço


Folcloristas é uma história de magia, fantasia e aventura que se passa no Brasil nos dias atuais. Pensei em direcioná-la ao público infanto-juvenil, por isso, evitei linguagem chula e violência explicita, mas acredito que leitores de outras faixas etárias também possam se divertir com as histórias.

A intenção inicial era de lançá-la semanalmente em um blog em histórias curtas de 4 a 5 páginas que se complementariam formando um grande arco. Mais tarde também, cogitei de fazê-la em forma de literatura em cordel. Como sou um desenhista limitado, tentei aproveitar certas características do meu traço para aproximá-los dessa forma de arte meio informal.

Intercalando as histórias existem curtos poemas semelhantes às cantigas de roda. Não quis restringir a obra apenas aos personagens folclóricos, então achei que a idéia dos poemas e do cordel seria interessante no contexto.

Os personagens principais são a dupla Chefia e Saci que anda por diversas partes do Brasil ajudando os necessitados.