História em quadrinhos sobre o Folclore Brasileiro!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Episódio VI

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A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a comunicação. Em outras palavras, é o ramo da lingüística que estuda os sons emitidos pela fala humana.

Decidi escrever um pouco sobre a fonética dos monstros para preencher esse restinho de espaço. Geralmente criaturas mágicas não têm corpos físicos, a maioria só tem o corpo espiritual, e algumas raras possuem um corpo astral. Quando essas criaturas se comunicam com os humanos, costumam faze-lo telepaticamente, sendo assim, elas utilizam-se do vocabulário que o receptor possui, muitas vezes, nesse contato, não é nem necessário o uso de palavras, apenas de imagens. Então, podemos supor que nesse tipo de comunicação, não existe a emissão de som (ao menos, o conceito cientifico de som).

Os monstros da história usam outro método (mais detalhes nos próximos capítulos). Eles produzem som, e se comunicam como os humanos. O Gorjala sofre de Loquacidade Desvairada, é a popular tagarelice, falar em excesso ou/e desordenadamente, sem dar tempo para os ouvidos escutarem e a mente refletir sobre os assuntos, o que geralmente causa confusão mental. Esse defeito foi associado pelo sábio São Tomás de Aquino a Gula, e como o Gorjala é um glutão, ele fala uma palavra atrás da outra.

A Cuca costuma sibilar. Isso é, produz um som agudo e prolongado quando diz palavras que soam como a letra S. Felizmente ela tem algum controle sobre esse probleminha, e só se entrega ao habito quando está zangada ou empolgada com alguma coisa. Mas isso faz com que eu coloque uma porção de S e Z onde eles não existem, toda vez que ela aparece na história...

Abraços!

Episódio VII: Nos tentáculos da Gula


domingo, 21 de agosto de 2011

Dia do Folclore Nacional

Saci, Cuca, Homem do Saco e Boitatá no alto.



Segundo a UNESCO folclore é sinônimo de cultura popular e representa a identidade social de uma comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais. O termo surgiu em 1846 e foi criado por Ambrose Merton (aka Willian John Thoms) para se referir a tradição de um povo.

O conceito de Tradição é bem mais antigo do que nossa civilização. Em todas as eras, em todas as civilizações e em todas as culturas, podemos encontrar conhecimentos que eram passados de geração para geração, primeiro gestualmente, depois oralmente e por fim de maneira escrita. Esse conhecimento era o mais abrangente possível e envolvia (envolve) todos os aspectos da vida mundana e espiritual da sociedade.

No Brasil, o Congresso Nacional oficializou em 1965 o dia 22 de agosto como sendo o Dia do Folclore Nacional. Nesta data são valorizadas e praticadas danças, brincadeiras, culinárias e festas folclóricas por todo o país.

Bem, na verdade, essas coisas são feitas o ano todo, mas essa é uma data simbólica para preservar nossa memória cultural (e para os jovens fazerem pesquisas, trabalhos e apresentações, destacando os contos folclóricos e seus principais personagens, o que deve  ter trazido a maioria até esse blog)

Você deve estar se perguntando sobre as criaturas místicas. Afinal, essa é data que todos buscam informações sobre o Saci, o Homem do Saco, a Cuca, o Boitatá e etc...

Você encontra algumas informações do Saci aqui:


Um pouquinho dos homens do saco aqui:


nota: Existem vários Homens do Saco, eles não formam uma espécie, nem se quer um grupo, podem agir sozinhos ou em bandos, já foram associados (por preconceito)  a mendigos,ciganos, palhaços e até com o Bicho Papão... Mas na verdade eles são bem reais e podem ser qualquer pessoa,  independente da aparência. Por isso, é sempre bom ouvir os conselhos da vovó quando ela diz: “nunca aceite doce de estranhos”.

De alguns dos poderes da Cuca aqui:


Na webcomics associei o Boitatá as Salamandras que são os elementais do fogo. Você pode ver o resultado aqui:


Nota: Segundo a tribo Mawé o Boitatá é uma “Visage” de beira de rio que parece um fogo flutuando sobre as águas, os profanos o chamam de fogo fátuo e na língua geral dos índios é conhecido como Ariá-Wató.

Escreverei mais detalhes sobre isto, assim como dos demais seres mágicos do Brasil nos próximos episódios. Se precisar de alguma informação mais detalhada sobre alguma criatura, tenho estudado e colhido muitos relatos sobre o assunto, deixe um recado que responderei o mais rápido possível.

Espero vocês de volta!

Abraços e Feliz Dia do Folclore!

Bibliografia:

Até hoje o mundo indígena sempre foi relatado por estudiosos. Neste livro você conhecerá os preceitos e os conhecimentos de uma religião tradicional indígena em sua mais pura essência, desvendados por Yaguarê Yamã, um índio pesquisador que nasceu e vive na selva Amazônica.

·                                 Editora: Ibrasa
·                                 Autor: YAGUARE YAMA
·                                 ISBN: 8534802491
·                                 Origem: Nacional
·                                 Ano: 2004
·                                 Edição: 1
·                                 Número de páginas: 128

sábado, 6 de agosto de 2011

Descrição dos personagens I



Chefia é um cara boa praça, está sempre calmo e tranqüilo, inclusive nos momentos mais difíceis. Costuma ser amável e prestativo, ajudando todos que precisam. Porém, não se engane, ele nunca faz o tipo subserviente, e jamais se rebaixa a ninguém. Seu nome verdadeiro é Emanuel da Silva, mas apenas seu pai o chama assim.
Ele é um professor universitário especializado em mitos e lendas brasileiras. Com seu conhecimento e auxiliado pela sabedoria de seu velho pai ele capturou um Saci e passa a usá-lo para ajudar o próximo.


Saci: Na verdade, Saci é uma raça de seres mágicos (elementais da terra), semelhante aos gnomos e os duendes, mas com suas particularidades. Podem manipular a matéria em seu nível mais sutil. Entre a imensa gama de poderes que possuem, está à capacidade de entender os outros seres da floresta, o controle dos elementos, o dom de realizar desejos e o conhecimento das plantas e dos minerais. O Saci da história ainda não tem controle de todas essas capacidades, mas possui uma diferença que o torna singular. Embora os Sacis vivam aproximadamente 77 anos no plano físico, este já tem mais de 100!!! Seu verdadeiro nome é Oru.


Visual

Os personagens principais de Os Folcloristas são a dupla Chefia e Saci (Na verdade, esses são apenas seus CODINOMES). O visual do Chefia (o ser humano da imagem) é uma homenagem ao Sihing Juliano, meu instrutor de Kung Fu. Chefia é formado em História, com ênfase em mitos, lendas e cultura do Brasil. Além disso, ele é versado nos caminhos da magia (o que facilita muito sua vida ao enfrentar criaturas sobrenaturais), e é especialista na evocação e invocação de entidades astrais e espirituais.

A principio, a intenção do visual do Saci era fazê-lo como uma espécie de duende com braços muito longos. Mas depois, conversei com um amigo que alega ter visto um saci e ele me disse que eles se parecem com sombras vivas... Então aproveitei essa idéia, e o Saci da história varia de tamanho e forma dependendo da luz (o que me facilita a vida uma vez que não consigo desenhar a mesma coisa duas vezes seguida).

Para desenhar a série mensalmente, eu simplifiquei (e bastante) o traço, deixando eles com a aparência bem tosca (imaginei que seria melhor, o nível do desenho aumentar no decorrer da série, do que o contrário).

Eu não sei nada sobre coloração, tecnologias e essas coisas, consegui colorir o desenho a cima, graças aos tutoriais do Milton Kennedy, que me possibilitaram entender pelo menos o básico do GIMP. Entra no site dele que vale a pena:


Abraço Fraternal a todos que me acompanham!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Episódio V

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Esse episódio foi baseado numa das fábulas de Esopo, segue uma das versões dessa fábula:


A RAPOSA E O LENHADOR - Esopo
Uma raposa era perseguida por uns caçadores, quando viu um lenhador e suplicou que ele a escondesse. O homem então lhe aconselhou que entrasse em sua cabana.
De imediato chegaram os caçadores, e perguntaram ao lenhador se havia visto a raposa. 
Com a voz ele disse que não, mas com sua mão disfarçadamente mostrava onde havia se escondido. Os caçadores não compreenderam os sinais da mão e se confiaram no que disse com as palavras. 
A raposa, ao vê-los irem, saiu sem dizer nada. 
O lenhador a reprovou porque, apesar de tê-la salvo, não agradecera, ao que a raposa respondeu:
- Agradeceria se tuas mãos e tua boca tivessem dito o mesmo.